sexta-feira, 2 de maio de 2008

Pombo Trocaz

Eu escolhi este tema, porque é um animal em extinção.
O pombo trocaz está em via de extinção, porque na temporada de caça, fazem caçadas ao pombo trocaz.
Deste modo o pombo trocaz esgota de uma maneira estrondosa, reproduzem-se mas em pouca quantidade.
Espécie endémica da Madeira, que habita as regiões montanhosas desta Ilha, em íntima ligação com a floresta Laurissilva.
Alimenta-se de frutos silvestres (como a baga do loureiro), algumas sementes e rebentos tenros.

Nome cientifico: Columba trocaz
Descrição: de plumagem cinzenta-azulada, tonalidade cor de vinho no peito e lista branca que atravessa a cauda.
Família: columbidae








Ao nível da Macaronésia, área biogeográfica constituída pelos arquipélagos dos Açores, da Madeira, das Canárias e de Cabo Verde, este grupo de aves está representado por vários endemismos ao nível específico e subespecífico. Assumem destaque os pombos endémicos do arquipélago da Madeira e do arquipélago das Canárias. Neste último existem duas espécies, Columba bollii e Columba junoniae, enquanto na Madeira ocorre uma terceira, o Pombo-trocaz, Columba trocaz.A conservação destas três espécies enfrenta alguns problemas, alguns dos quais são inerentes à sua condição insular. A redução drástica das áreas florestais onde ocorrem e, mais recentemente, a introdução de espécies de aves exóticas, especialmente marcante no caso das espécies canárias, afectou seriamente estes columbídeos. No caso do Pombo-trocaz, as pressões assumem outros contornos. O objectivo deste artigo é dar a conhecer alguns dos principais problemas enfrentados por esta espécie, assim como também alguns aspectos da sua ecologia e biologia.






Distribuição e Estatuto de Conservação





O Pombo-trocaz está restrito à ilha da Madeira, apesar de evidências fósseis sugerirem que a sua distribuição fosse mais alargada, incluindo a ilha do Porto Santo (Pieper, 1985). Hoje em dia está presente ao longo de toda a floresta laurissilva, seu habitat natural. No entanto, esta floresta está reduzida a 20% da sua distribuição original, pelo que é legítimo inferir que o mesmo tenha acontecido à área de ocorrência do Pombo-trocaz na ilha da Madeira.Apesar de ainda estar considerado como espécie “vulnerável - dependente da conservação” (Oliveira et al, 1999), o Pombo-trocaz apresenta um estatuto de conservação favorável. Um censo efectuado em 1995 aponta para um efectivo populacional na ordem dos 10300 indivíduos, com um intervalo de confiança mínimo na ordem dos 5900 indivíduos. Este trabalho, que faz parte de um esquema de monitorização criado em 1986 (Jones, 1990), mostrou que a tendência populacional é positiva, ao longo de toda a área de distribuição da espécie. Um aspecto verificado é que existe uma relação inversa entre as taxas de crescimento e as densidades relativas encontradas nos diferentes “transectos” efectuados em 1986. Este aspecto evidencia o facto de que a população está a aumentar duma forma mais acentuada nos locais onde apresentava densidades mais baixas. Um novo censo terá lugar em Agosto de 1999.


Habitat

O habitat do Pombo-trocaz é a floresta laurissilva, que, em tempos remotos, já ocupou grandes áreas do continente europeu e que pode ser considerada como um fóssil vivo. Hoje está restrita aos arquipélagos da Macaronésia, estando particularmente bem conservada na ilha da Madeira. Neste tipo de floresta, as árvores mais abundantes são o loureiro Laurus azorica, seguido pelo til Ocotea foetens e pela faia Myrica faya. Contudo, do ponto de vista da dominância, isto é, a área coberta pela copa de cada espécie (parâmetro mais relevante para a avifauna), o til surge em primeiro lugar (70% da dominância) seguido pelo loureiro e pela faia (Neves et al, 1996).
3.2. Uso do Habitat e Dieta
O Pombo-trocaz ocupa diferentes áreas da floresta ao longo do ano, apresentando movimentos aparentemente bastante amplos (Oliveira & Jones, 1995). Do ponto de vista estrutural as árvores são usadas preferencialmente ao longo do ano. Contudo, o uso dos estratos arbustivo e herbáceo assume também algum destaque. A procura destes estratos, principalmente do herbáceo, assume particular relevo durante a segunda metade da Primavera e o princípio do Verão (Menezes, 1997) quando a disponibilidade total de baga na floresta atinge os seus valores anuais mínimos. Esta mudança sazonal da utilização do habitat demonstra a importância da baga como fonte alimentar para estas aves. O facto do estrato herbáceo ser usado ao longo de todo o ano, mesmo quando existe elevada disponibilidade de baga, sugere que este não é só uma fonte alimentar alternativa, como também um complemento à dieta do Pombo-trocaz. Refira-se que um estudo, ainda em curso, sobre a dieta desta espécie, através da análise microscópica de excrementos, permitiu identificar, até ao momento, um elevado número de plantas herbáceas que são consumidas regularmente (Oliveira & Nogales, com. pess.). No que diz respeito ao uso do estrato arbóreo, o til é a espécie preferida ao longo de todo o ano. Isto fica a dever-se fundamentalmente ao facto desta espécie apresentar maior homogeneidade e disponibilidade anual de baga. Desta forma o til assume-se como a espécie arbórea chave para o Pombo-trocaz.




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